A Escola Superior de Polícia Civil do Paraná (ESPC-PR) promoveu, nesta quarta (11) e quinta-feira (12), o curso de Inteligência Artificial para Investigação Criminal. A iniciativa é pioneira e foi ministrada pelo Delegado de Polícia Dr. Cristiano Ribeiro Ritta para mais de 300 policiais de todo o estado, na Gran Faculdade, em Curitiba.

O curso teve como objetivo atualizar e aprofundar os conhecimentos dos servidores da PCPR, instrumentalizando-os com competências técnicas para o uso de novas ferramentas de inteligência artificial que favoreçam a investigação criminal e o combate à criminalidade.

Durante o evento, foram abordados, de forma objetiva e prática, os principais conceitos e aplicações da IA na segurança pública. A matriz curricular contempla fundamentos de inteligência artificial e machine learning, técnicas de engenharia de prompt com o uso de grandes modelos de linguagem (LLMs), além de discorrer sobre agentes autônomos de inteligência e ferramentas de inteligência artificial voltadas diretamente à investigação criminal.

O delegado e professor do curso, Dr. Cristiano Ritta, conta que a Polícia Civil do Paraná foi pioneira no trabalho de qualificar os policiais em um evento para discutir o uso e o impacto da inteligência artificial em um ambiente de atividade-fim de polícia judiciária.

"Nos nossos trabalhos, nas nossas rotinas, essa iniciativa é muito importante, porque coloca os policiais em contato com o que há de mais moderno no mercado, conhecendo ferramentas, conhecendo metodologias, entendendo como a inteligência artificial funciona e quais os impactos disso, seja no nosso trabalho, mas, mais ainda, no impacto que isso tem na sociedade. Os policiais civis do Paraná estão sendo capacitados a entender como a inteligência artificial pode ajudar na solução de crimes, no dia a dia operacional da unidade policial, mas também como pode melhorar a prestação dos nossos serviços de proteção à sociedade", conclui.

Para o Diretor da ESPC, Dr. Valderes Luiz Scalco, a inteligência artificial é uma realidade que veio para ficar.

“A Escola Superior de Polícia Civil sai na frente ao oportunizar a realização de um aperfeiçoamento de tamanha relevância e atualidade. Nossos policiais ficaram literalmente encantados com o conhecimento que lhes foi transmitido. Só me resta agradecer ao nosso prestigiado professor e ao elevado número de policiais civis que se disponibilizaram a participar desse momento de aprendizado por demais especializado”, completa.

Entre os conteúdos abordados estão: reconhecimento facial, transcrição de voz, análise de dados extraídos de smartphones, geolocalização, criação de modelos personalizados e soluções para análise de dados criminais, tudo com foco na capacitação dos profissionais para utilizarem recursos tecnológicos avançados na elucidação de crimes.

“O conteúdo do curso foi excelente, com aplicações práticas que mostram como a tecnologia pode fortalecer e qualificar ainda mais o trabalho de polícia judiciária. Foi um privilégio poder participar e ter acesso a conhecimentos tão relevantes", conta a agente de polícia judiciária Thais Amaral da Cunha Emmerick.

Sobre o instrutor- Cristiano Ribeiro Ritta é uma das maiores autoridades na aplicação da inteligência artificial à investigação criminal. Delegado de Polícia no Estado do Rio Grande do Sul, é titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Bagé. Especialista em mobile forensics, atua no desenvolvimento de ferramentas voltadas à investigação e à inteligência policial. É coordenador da pós-graduação em Inteligência Artificial para Agentes da Lei, que integra tecnologia e segurança pública com foco em inovação aplicada ao combate ao crime.